TRÊS POEMAS HÚNGAROS (2)

caçar não sei e já confesso:
fraquejo de arco em punho
sou mão de lenta lança
recolho só à flor da erva
o fruto de baga rubra
ossadas de musgo e ouro
galhos para uma fogueira

nas cercanias de szatta
que é nome de nítida aldeia
tanto achado como perdido
nos desvios do bosque escuro
onde testei a resistência
de pau lançado a tronco
e peito à fúria dos dias

 

Nota: o primeiro poema desta série pode ser encontrado aqui.