Três poemas húngaros (3)

tu agora és dos montes entre os bosques
e eu já das largas avenidas
tu da casa onde arde um grande fogo
e eu, além rio, do quarto esconso 

tu agora buscando o mais da vida
e porventura eu do mal o menos
reclamando à solidão o fraco lucro
de todas essas coisas já sabidas
que aligeiram assim uns quantos dias
que lhes dão enfim uma corzinha 

como a música, bons almoços
olhos lentos, alguma poesia
enganos de contas a meu favor