Falstaff e o riso
/Ou porque xis ou por que ípsilon,
os sentimentos muito direitinhos,
muito bem vestidos
com os seus andrajos de filme.
E as lágrimas a cair entre entradas e saídas.
A noite toda promessas, num esvair de passes e fintas,
porque porque há uma indústria
e a lista dura um dia.
Com tudo aquilo que é imprescindível
(e cada época tem a sua).
Ai como eu queria as filas da frente.
Ai como eu queria estrelas e requinte.
Ai como sou inteligente.
Ai como persistem os sonhos, as fantasias.
E como toda a ciência parece inútil.
Adolf Schrödter - “Falstaff e o pagem”, 1867.