Amanhece em Janeiro a manhã na Ponte Vasco da Gama
/E os monstros da cidade sossegados da insónia
até às tantas não veem raiar prateadamente
o rio à luz. Que por isso nos pode acolchoar e
colore os abstractos e nodosos cordões das algas.
Nos arrozais resvalam garças brancas. E homens pretos
com frontais de miniatura à cabeça, consolados
pela borracha húmida, recolhem para o balde
bivalves e demais corredias criaturas e o mal
que fazem não estraga o único bem que sabem