Terena
/de azul e amarelo
riscam-se caiadas
as casas honestas
sob o sol alentejano
reverbera branco o calor
abafo de luz onde rebrilha
a cegueira curva
xisto coberto pela mole temperatura
das horas que desconfiam
em vago ócio consumado
sobrolho franzido
fixo
e outros esgares esquivos
não é amistoso
o rosto agreste de quem ocupa
as paredes raianas
destes lugarejos
parcos de forasteiros