Explicar a Capivara ao Meu Professor de Espanhol
/tradução de Hugo Pinto Santos
A distância entre a minha mão
e o chão enche-se com a capivara;
depois aparecem os dentes,
afiados e brilhantes como duas constatações de facto
– tudo aquilo de que ela se vai lembrar –
sobre um animal cujos plácidos olhos negros
e lento passo na pastagem ficam por dizer
nos canaviais varridos de nuvens lembro-me.
Mark Leech, Orbis n.º 132 – Primavera 2005
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