Constança de Castela funga contra o castelo de cartas de Inês de Castro
/A ela reservam as lendas de um trono
de amoníaco, quando
meus quadris é que o aqueceram vivos
e sei bem que não hão
de chorar em dez cantos o meu destino:
rejeitadas, não-quistas
jamais cederam material épico ou lírico
aos que usam quizilas
alheias como seu ácido acetilsalicílico,
sem vestir nossa cútis;
e ainda que meu inimigo faça, no futuro,
rainha de uma puta,
a minha vingança eu carreguei no buxo,
de minhas entranhas,
eu, Constança de Castela, expeli o único
a subir ao trono da nada
ancha faixa de terra a que chamam reino,
e com ou sem herdeiro
rirei com a sarna que me cobre na tumba
ao vê-los, tão inferiores,
primeiro cair em domínio de minha terra,
a de outrora, e, ao fim,
se tornarem quintal do FMI e da Europa
enquanto à tal espera
de que retorne, intacto de Alcácer-Quibir,
o que os tire do cárcere
que toma os que fazem, de puta, rainha.