poema de domingo
/na hora do tinir do bronze estávamos sentados
num banco do cemitério aconchegados ao seu silêncio
trazido pelo canto dos pássaros
o sol tisnando as nossas faces de domingo
acompanhando a badalada um vento vogou nas copas
e folhas flores e pétalas caíram sobre nós o canto e os mortos
dir-se-ia um anjo fosse eu outro sacudindo dos seus ombros
a poeira do tempo alojada no seu corpo de mármore