Intelectuais

Jean-Paul Sartre e Michel Foucault em 1972

Jean-Paul Sartre e Michel Foucault em 1972

[nota prévia: há uma quantidade surpreendentemente grande de artigos, entrevistas, ensaios... sobre os intelectuais. Julguei que fosse uma moda mais francesa, onde o termo e a pose modernas nasceram. Mas não, ela está bastante disseminada e até Portugal, onde não goza de muita fama, pensa e escreve bastante sobre essa figura clara-obscura. No final do artigo estão links para se aprofundar o tema, revelam também algumas das minhas linhas de inspiração.]

Se perguntarmos por um intelectual, a resposta cairá mais facilmente para o lado do “quem, aquele gajo que tem a mania que é bom?”, do que “quem, aquele que é”... seguindo-se uma enumeração das suas características mais importantes. Trata-se de desprezo e confusão, em relação a esta recordo-me de exclamar com um amigo, numa sala tingida de noite e embalados por generosas quantidades de whisky, que éramos intelectuais sem termos feito muito para isso, sentido apenas dificuldade em encontrarmos uma inabalável pose de seriedade. Mas deve descontar-se o vapor da ebriedade que nos parasitava (por vezes, álcool e cérebro agem em simbiose, mas são momentos raros, a quem devemos pedir, inutilmente como Fausto: “És tão belo! Demora-te.”). Em boa verdade, custa muito fabricar intelectuais, porque não basta haver talento, eles só emergem dentro de ecossistemas culturais complexos, um intelectual isolado é uma contradição nos próprios termos (talvez por isso os americanos usem a expressão public intellectual), ainda que eles instiguem singularmente a nossa admiração, e inquietação, arrebatando-nos por si mesmos a cada instante. Neste artigo vou tentar, em contracorrente (à força de tantas heterodoxias teremos qualquer dia a mais pura das ortodoxias), definir alguns traços do intelectual, um esquisso menos demonstrativo do que gostaria.

custa muito fabricar intelectuais, porque não basta haver talento, eles só emergem dentro de ecossistemas culturais complexos, um intelectual isolado é uma contradição nos próprios termos (talvez por isso os americanos usem a expressão public intellectual), ainda que eles instiguem singularmente a nossa admiração, e inquietação, arrebatando-nos por si mesmos a cada instante

Comecemos por onde deve ser, mesmo repetindo histórias. O termo intelectual é bastante recente, e muito francês, substituindo até certo ponto o de filósofo. Nasceu social e politicamente no caso Dreyfus, embora semanticamente já se usasse antes. Foi o J’accuse de Émile Zola (contribuindo para que Dreyfus tivesse um segundo julgamento, onde ficou provada a sua inocência), publicado em Aurora no dia 13 de Janeiro de 1889 (carta aberta ao Presidente da República, Félix Faurel), que tornou o intelectual um dos novos heróis da República (paradoxalmente, usando a acusação que os detractores de Dreyfus fizeram aos seus contendores: chamavam-lhes “meros intelectuais” para glosar a sua ignorância).[1] Mas já naquele tempo continha uma carga narcísica que nunca mais cessou de curto-circuitar a sua possível grandeza. Depois, a palavra foi-se fixando e, como acontece muitas vezes, vieram os profissionais da definição tentar espartilhar o seu sentido, mas sem abandonarem completamente o tom dissensual: Julien Benda, Raymond Aron, Jean-Paul Sartre, Albert Camus, Gilles Deleuze, Michel Foucault, Noam Chomsky, entre outros.

1- Antigamente, quando era feliz devido a uma dose exacta de ignorância, tinha para mim como certo que havia em Lisboa duas divisões de intelectuais: na 2.ª divisão, os que iam ver filmes (sempre de “qualidade”) ao Quarteto (agora evangeliza de outra forma), jornal Expresso debaixo do braço; na primeira divisão, os que iam à Cinemateca “ver arte”, acompanhados pela publicação que na altura tinha o recorde mundial das gralhas (mágicas, algumas), o Jornal de Letras. Os dois jornais eram em formato XL e sugeriam que quem se escondia por detrás deles devia ter em casa uma biblioteca-e-pêras, lida e sublinhada, discutida com pessoas do mesmo calibre, pronta a ser incendiada, ou vendida ao quilo (bem pior), pelo filho misólogo que esses pais por vezes educam.

Estas ilações cândidas desapareceram quando me abri ao mundo e o cepticismo entrou, creio que de rompante, nas minhas interpretações: afinal, nem todos os filmes do Quarteto tinham realmente “qualidade” e no Expresso havia artigos de semiologia fina mas também narrativas melodramáticas; a Cinemateca era frequentada por alguns divergentes que viam nos Cahiers du Cinéma uma Bíblia estético-política e as gralhas do Jornal de Letras também eram erros ortográficos. Caí, pois, lentamente na incerteza hermenêutica e cheguei mesmo a desconfiar do meu gabarito mental, o que desfez totalmente a pose que copiara dos meus ídolos.

Antigamente, quando era feliz devido a uma dose exacta de ignorância, tinha para mim como certo que havia em Lisboa duas divisões de intelectuais: na 2.º divisão, os que iam ver filmes (sempre de “qualidade”) ao Quarteto (agora evangeliza de outra forma), jornal Expresso debaixo do braço; na 1.º divisão, os que iam à Cinemateca “ver arte”, acompanhados pela publicação que na altura tinha o recorde mundial das gralhas (mágicas, algumas), o Jornal de Letras

2- Isso foi antes de ler Michel Foucault, esse filósofo que ousou contestar a ideia do oráculo Sartre sobre o filósofo engagé: super-pensador militante, decidido a ver o mundo pela lente moral da esquerda, um intelectual universal. A esta figura demiúrgica opôs-lhe a do “intelectual específico”, conhecedor de uma ou outra área particular, militante de baixa intensidade, resistindo a ser porta-voz de qualquer movimento político-social. Em 1971, Foucault aproveitava uma entrevista a um jornal de Genève para se demarcar do intelectual dominante francês, criticando também os profissionais da indignação, porque ela não potencia qualquer horizonte político, esgota-se no mediatismo, é fugaz e não produz forças de mudança. A intolerância, mais foucaldiana, conduz, pelo contrário, a acções revolucionárias. Na mesma altura, aproveitando o púlpito da Academia Sueca, Albert Camus criticava os intelectuais tradicionais por se afastarem da vida e da sociedade na ilusão de criarem as suas próprias regras, acabando por acreditar em Deus (Discours de Suède). Camus disse no mesmo discurso que cada geração pensava refazer o mundo, mas que a sua não teria essa possibilidade. Talvez ficasse, porém, com uma tarefa maior: impedir que o mundo colapsasse (acho que ainda estamos neste ponto). Hoje, Alain Badiou, no seu Logique des mondes (2006), tenta recuperar um pouco do intelectual universal, no entanto as verdades do século passado (o comunismo, para ele) não se adequam a este, profundamente diferente. Neste sentido, continuo com Badiou, não basta a uma verdade ser universal, ela deve ser eterna. Mas estes iconoclastas conceptuais são-no a partir da sua condição de intelectuais (inovadores na conservação), tomando a palavra para defender uma ideia global superior às ideias particulares, isto é, falam-nos da superação do intelectual universal situando-se justamente na posição de um intelectual universal.

O que temos agora, segundo o historiador das ideias Christophe Prochasson, é uma massificação dos intelectuais, em oposição ao modelo antigo da figura singular, heróica mesma

Bom, mas desde o pós-modernismo francês e, sobretudo, das alegações foucaldianas, poucos já se atrevem, além de Badiou, a apontar um intelectual desse tamanho e potência, capaz de descobrir os veios do mundo e fazer profecias a condizer. O que temos agora, segundo o historiador das ideias Christophe Prochasson,[1] é uma massificação dos intelectuais, em oposição ao modelo antigo da figura singular, heróica mesma. Hoje, a Universidade produz e alimenta milhares de putativos intelectuais, nomeadamente nas ciências sociais e humanas, que tendem, diz com ironia Prochasson, a ficar cada vez mais ligados entre eles, “cultivando as delícias do entre-si”. Portanto, parecem ter desaparecido os velhos senhores do pensamento, capazes de dominar sobre vastos reinos espirituais. Simultaneamente, expiraram também as grandes narrativas, produzidas e alimentadas por instituições que tinham como função explicar de fio a pavio o mundo, para depois o mudar, lembro-me do marxismo, do existencialismo e do estruturalismo. Revogou-se, refere Prochasson, o modelo feudal sobre o qual assentava o intelectual clássico: “um mestre (Bergson, Sartre, Foucault, Bourdieu, etc.) e os seus discípulos, “adubados e/ou repudiados". Agora, o pensamento fervilha e são imensos os que se dedicam a pensar, mas isto parece ser a “marca do declínio”.[2] O autor que vimos acompanhando arrisca, contudo, reconhecer três estilos de intelectuais: 1) o “intelectual especialista”, fechado num círculo de competências únicas e que recusa evadir-se; 2) o “intelectual mediático”, oposto ao primeiro, sem qualquer especialização, próximo do senso comum, legitimador de ideias feitas; 3) mais residual é o “intelectual do partido, ou do sindicato”, como ainda existem nas extremas esquerda e direita, as teses são aí mais performativas do que descritivas, trata-se quase sempre de ser o porta-voz da instituição a que pertence.

“A rive sud do Tamisa é menos elegante mas intelectualmente mais viva do que a rive gauche do Sena.”

Numa das outras geografias principais do pensamento escrito e divulgado, a Grã-Bretanha, festeja-se a falta de intelectuais. O historiador Stefan Collini, em Absent Minds: Intellectuals in Britain, destaca a tradição britânica de negação da intelectualidade, pensadores que noutros países receberiam com honra o epíteto de intelectual, recusam aí serem-no. Collini chama-lhe a “tese da ausência”; na evidência de que os intelectuais só começam em Calais; aliás, dizer “intelectual britânico” seria um oximoro. Daí as alcunhas pejorativas egghead, highbrow, boffin, telly don... Ou o nojo que esta etiqueta provocava em Orwell. Ainda assim, Collini distingue três tipos de intelectuais: 1) alguém que lê muito, interessado pelas ideias, dedicado à vida do espírito (sentido subjectivo); 2) intelligentsia enquanto classe, universitários (sentido sociológico); 3) por último, alguém que atinge um certo nível de criatividade, de análise ou de investigação, e que depois se serve dos médias para intervir sobre assuntos que interessam a um público alargado, aos olhos dos quais ele se torna uma referência (sentido cultural). Além disso, contra a aparente fobia dos ilhéus ao intelectual, assegura que a Grã-Bretanha deve ter hoje uma das culturas intelectuais mais prolíficas da Europa, parecendo consensual reconhecer-se que aí se discutem ideias, política, livros... sendo fácil encontrar debates autênticos, sólidos, inovadores, arriscados, e que cativam um público alargado. Por isso, Timothy Ash (cf. link abaixo, “Qu’est-ce qu’un intellectuel?”) refere com algum humor e um leve espírito de vingança: “A rive sud do Tamisa é menos elegante mas intelectualmente mais viva do que a rive gauche do Sena.” E a BBC Radio continua fiel a um dos seus princípios maiores: instruir. Dando a oportunidade a muitos pensadores de aí divulgarem as suas teorias. Já para não falar em revistas intelectuais de primeira água: Prospect, The Times Literary Supplement, The Guardian Review, The London Review of Books, OpenDemocracy. Acrescente-se uma blogosfera realmente interessante, de que destacamos, sem reais fronteiras étnicas ou políticas, mas vivendo na língua inglesa, a Literary Hub. Único bemol, Timothy Ash critica o facto de na Grã-Bretanha apenas 3% dos livros serem traduções (contra mais de 25% em França, por exemplo), havendo um perigo real de vedar aos britânicos, cada vez mais satisfeitos com o seu imperialismo linguístico, novos intelectuais de outras línguas, conduzindo-os não para o mundo mas para uma torre de marfim cheia de ideias fixas. Afirmando o mesmo autor, em semi-lamento, que afinal a rive gauche está bem aberta à vida, enquanto a rive sud do Tamisa se encontra encerrada num autocontentamento estéril. E o fechamento, sabem-no bem os portugueses, traduz-se em raquitismo.

3- Por seu turno, Patrice Maniglier (no Le Magazine Littéraire 553 de Março de 2015, pp. 86-89), ajudando-me  a sistematizar um pouco este artigo, propõe cinco condições para a formação de um intelectual: 1) tem de irromper qualquer coisa de novo; 2) esse aparecimento não deve estar apenas localizado numa obra: 3) a unidade do percurso não deve ligar-se a uma tese mas a um problema, algo que dê a pensar, que exija uma abordagem plural; 4) esse problema não deve ser principalmente um problema especulativo ou filosófico, mas qualquer coisa de mais “necessário e cego [aveugle]”, algo que venha de fora do pensamento para nos obrigar a questionar as mais sólidas evidências; 5) finalmente, importa que instaure um “depois”, isto é, que não cesse de interrogar a actualidade. Além disso, não como um suplemento mas mais como uma condição de possibilidade geral, um intelectual arrisca, não uma ou outra vez, mas sistematicamente, pelo menos sempre que consolida uma teoria e esta começa a ser percebida e vulgarizada, quando isso sucede chegou o momento de partir à aventura, deixando-se inquietar por um novo exterior que promete boas batalhas especulativas. 

Filomena Molder diz que “desconfia dessa palavra”, é uma palavra, continua, “um bocadinho irritante por causa desse fechamento no intelecto.” Além disso, “Não existem revistas ou publicações de saber intermédio, entre o facilitismo e a coisa hermética da cátedra.” Uma ponte entre arte, pensamento e quotidiano, como o fazia Eduardo Prado Coelho.

4- Mas estas caracterizações necessitam do aval de quem é considerado intelectual, vaga ou mais objectivamente. É bastante irrelevante designarmos como intelectual alguém relutante em sê-lo. Neste aspecto, convém ler uma reportagem do Expresso de 21 de Setembro de 2014 (Link abaixo), onde José Gil, Pedro Mexia, Filomena Molder, António Pinho Vargas, António Pinto Ribeiro e Rui Ramos mostram muitas reticências, quase à maneira inglesa, em relação ao termo intelectual. Filomena Molder diz que “desconfia dessa palavra”, é uma palavra, continua, “um bocadinho irritante por causa desse fechamento no intelecto.” Além disso, “Não existem revistas ou publicações de saber intermédio, entre o facilitismo e a coisa hermética da cátedra.” Uma ponte entre arte, pensamento e quotidiano, como o fazia Eduardo Prado Coelho. Rui Ramos começa por afirmar que é um “editor de ideias”, mas conclui que se trata de uma ”figura algo vaga, contaminada pela nostalgia e pelo que nela se projecta de capacidade de organizar e interpretar um colectivo”. José Gil, impregnado de filosofia francesa, continua as tese foucaldiana do desaparecimento do intelectual universal, embora a sua sombra ainda ajude a pensar “uma relação de verdade e de liberdade”. Depois, como se exumasse um figura antiga, diz: “Uma das características tradicionais do que se chamava ‘intelectual’ era abanar os conformismos e ir contra o bom senso, aquilo em que se acredita, os clichés, a mesmice.” No mesmo sentido nostálgico, António Pinto Ribeiro argumenta que “já houve épocas, e tenho um pouco inveja disso, em que os intelectuais se permitiam ser portadores de um princípio de potência, de energia.” Pedro Mexia, lapidar, “Não me vejo como um intelectual”. Do mesmo modo, António Pinho Vargas, “Não sei o que isso seja”. Há ainda os lamentos sobre a ambivalência em relação às multidões, fascinantes e desprezíveis, ou à especialização dos pensadores. Mas concordam que os dois mundos onde hoje se exerce o métier de intelectual são o dos média e da Universidade. Outro bom articulista português, Vítor Belanciano (Público), critica também o intelectual especializado, contrapondo-lhe o imperativo da rua, quando, por exemplo, Zizek vai ao encontro de um público alargado. Aqui, “As pessoas refugiam-se na especialização e nas universidades utiliza-se uma linguagem difícil. Não se traz o debate para a rua […] Em Portugal ainda todos querem ser engenheiros e os burocratas reinam nos lugares de poder.” (Público de 05/08/2001). Mas será, Vítor, que a rua quer ouvir os intelectuais que forem ter com ela?

Conclusão: a figura do intelectual é inseparável da do anti-intelectual, quando queremos usar uma caricatura insultuosa, podemos simplesmente chamar “intelectual” ao nosso detractor. Por outro lado, o termo pode trazer proveitos materiais e simbólicos a quem o imprima na pele, desde que seja reconhecido por alguns mandarins. Ao mesmo tempo, dentro da ambivalência que referi há pouco, persiste uma imagem idílica do intelectual como alguém que defende desinteressadamente os valores da justiça, da verdade e da liberdade. Não uma verdade universal, mas, seguindo Foucault, a sua verdade, veracidade, dizer-verdade, falar franco, instaurando uma relação entre o verdadeiro e a democracia (Foucault dava o exemplo de Robert Oppenheimer, que passou do projecto Manhattan a um grande crítico das armas nucleares). Talvez tenha sido isso que fez Sócrates: nunca se inibiu de dizer aquilo que realmente pensava, desagradasse ou não aos atenienses, arriscando, de verdade, a própria vida, jamais alienando a sua autonomia e batendo-se pela justiça. Isto é o que mais me interessa, reviver um modelo de cidadão culto que intervém publicamente para defender a justiça, a verdade e a liberdade.

Links:

Os intelectuais de direita estão a sair do armário

Para que servem os intelectuais?

Os intelectuais sob escrutínio

O intelectual acabou?

Contra o fim dos intelectuais em Portugal

Pedro Mexia. ‘Não sou nem quero ser um intelectual’

Os intelectuais e a superação da crise nacional no início do século xx em Portugal

Os intelectuais

O regresso dos intelectuais

Qu’est-ce qu’un intellectuel?

The Role of the Public Intellectual

What does it mean to be a public intellectual?”

Who Is a Public Intellectual?

[1] Cf. Le Magazine Littéraire 553 de Março de 2015, pp. 90-91.

[2] Mesmo assim, há selectividade. Em 2015, a revista britânica Prospect consultou os leitores acerca dos maiores intelectuais mundiais do momento, sobre 100 nomes propostos, eis o resultado, do primeiro ao décimo, respectivamente: Noam Chomsky, Umberto Eco, Richard Dawkins, Václav Havel, Christopher Hitchens, Paul Krugman, Jürgen Habermas, Amartya Sen, Jared Diamond e Salman Rushdie. Lamentamos a ausência de, por exemplo, George Steiner, Peter Sloterdijk, Bruno Latour, Bernard-Henri Lévy, Slavoj Zizek, Vargas Llosa... ou os nossos Eduardo Lourenço, José Gil e Filomena Molder.

[1] Cf. Le Magazine Littéraire 553 de Março de 2015, pp. 90-91.

 

[1] Embora Jacques Le Goff coloque o nascimento do intelectual na Idade Média (cf. Les intellectuels au Moyen Âge).