KRAKATOA É MAIS PERTO QUE O VESÚVIO (continuação)

você

abduzida a todo instante reluz o único jeito de abdução ao pé do único vulcão ainda ativo ao pé do sul da itália onde ainda existia a pedra filosofal a mesma de bolonha a mesma pedra rosa aquela descoberta pelo sapateiro que queria ser alquimista a pedra essa da cor de piacenza da cor dos muros de bolonha do chão todo feito de mármore toda a pedra a pedra que incandesce durante a noite feito o meu corpo que não quer dormir a não ser que


acendo uma vela apago a luz
a pedra me leva ao único vulcão possível e imaginado
a teoria em mim
ao único vulcão possível e oceânico
que existirá num futuro
em que um passado desejado jamais
terá sido escrito por medo de como nós
nos atravessaríamos
sem destruir uma cidade por inteiro

 

 

tudo se transpassou em história
um vírus que nos deixou entregues ao anjo sem guarda
quando até as cartilagens parecem desfeitas

 

  

um vulcão visto de cima
pode se parecer
muito
com uma cona
vista de frente.

A primeira parte deste poema pode ser lida aqui.