Bater bater no Yuri: banda sonora

Seguindo a publicação do nosso ultimo livro digital, Bater bater no Yuri de Carla Diacov, pedimos à autora para nos dar uma playlist para o livro. O resultado foi esta compilação.

Tem Leonard Cohen, Chelou, The White Stripes, Jack White e Feist. Uma banda sonora lírica e sofisticada, superficial e complicada. Prometemos que cada uma destas canções oferece perspectivas completamente literais sobre certas vivências. Canções que falam do azul eléctrico e da ideia de que um homem não é a sua canção, que aceleram a um rítmico de mazurca e terminam abruptamente, deixando uma presença que permanece, quando o fundo parece estar a esvanecer-se lentamente. Ou seja, as canções certas para um livro que é também tudo isto. É esta a nossa sugestão para hoje. 

Carla Diacov, bater bater no yuri

Carla Diacov
bater bater no yuti
poesia

Enfermaria 6, agosto de 2017, 32 páginas

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Diversão

pelo vidro brincar com a morte
a abelha que irá trombar com ideia verde

que tipo de anjo poliniza a memória?

pelo vidro o pombo batido
o nome batido
brincar brincar com a morte
despenteada cair do sonho

sob a mesa outra estação em interferências
absurdas: 
estamos aqui e essa pode ser uma resposta
que também pergunta

yuri! yuri yuri!
vem ver que barco estranho!

Hugo Milhanas Machado, Salas Bajas

Hugo Milhanas Machado
Salas Bajas
prosa poética
(em castelhano)

Enfermaria 6, julho de 2017, 48 páginas

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Nota previa

Mar de muros, el tiempo del fraseo cuando entona el poema y se adentra en sus modos y materiales. Habitar el oleaje que no acaba, sus mecanismos, el pedal del supertubo. Salas Bajas: barrio de Salamanca ubicado en el margen sur del río Tormes y nombre del complejo deportivo universitario allí situado. También, aunque más lejos, un municipio en la provincia de Huesca, Aragón. Y salas bajas, otros planetas y marejadas, las del lenguaje posible. 

João Gabriel Madeira Pontes, Entropias de eixo e beira – um poema em quartetos

Entropias de eixo e beira – um poema em quartetos
poesia

Enfetmaria 6, abril de 2017, 18 páginas

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«Todos anjos que vigiam
As manhãs e os sons da lauda, 
Todos monstros que bugiam
Quando houver quem os aplauda. 

São estes versos sem eira –
Um cavalo, uma Babel –
Entropias de eixo e beira,
Pois que, a partir do escarcéu,

Chispam as vinhas da ordem,
Da ordem mais verdadeira,
E das leis que, sim, dependem
De entropias de eixo e beira.

No coração do anarquista,
 Jaz correção de neurônio,
Bem como, dentro do artista,
Dão-se paz e pandemônio.»

João Bosco da Silva, Roncos

João Bosco da Silva, Roncos
poesia

Enfermaria 6, março de 2017, 18 páginas

Os poemas desta publicação integram o livro Teoria da Perdição Unificada, de João Bosco da Silva, a ser publicado em breve pela Enfermaria 6

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